Literature as Echo: Mark Z. Danielewski's House of Leaves

Critical Writing
Publication Type: 
Language: 
Year: 
2010
Pages: 
241-255
Journal volume and issue: 
12
ISSN: 
0874-1409
License: 
All Rights reserved
Record Status: 
Tags: 
Abstract (in English): 

This essay is an in-depth analysis of Mark Z. Danielewski’s novel House of Leaves (2000). The novel, marked by digital textuality, is an encompassing multilayering system fictionally constructed by different authors and several narratives. Thus, these narratives form a major work that reveals and parodies aspects of the gothic novel, as well as other genres and modes. Nevertheless, its structure is formally connected as a hypertextual narrative. Therefore, it would be inexact to categorize House of Leaves as being either one or other literary object. I propose approaching this novel as “participating” in all these categorizations.
Finally, I read the concept of ‘echo,’ which is presented by Danielewski on Chapter V, as an essential notion to understand the characters' progression through the narrative. This perspective concludes that literature reaches its potential when there is a singular production of echo, or an unpredictable lack of echo, meaning discomfort and strangeness (ostranenie) in the reader’s consciousness.

Abstract (in original language): 

Este ensaio analisa em profundidade o romance House of Leaves (2000) de Mark Z. Danielewski. O romance, com marcas de textualidade digital, apresenta-se como um sistema englobante e multi-estratificado, ficcionalmente construído por diferentes autores e narrativas. Deste modo, estas narrativas formam uma obra total que revela e parodia diversos aspectos do romance gótico, assim como outros géneros e modos. Porém, a sua estrutura é formalmente urdida como uma narrativa hipertextual. Por estes motivos, seria inexacto classificar House of Leaves como sendo ou um ou outro objecto literário, pelo que proponho uma leitura “participativa” nestas categorizações.
Por último, examino o conceito de eco, que é explorado por Danielewski no capítulo V, como uma dimensão essencial para compreender a progressão das personagens ao longo da narrativa. Esta perspectiva permite-me concluir que a literatura só atinge o seu potencial quando se manifesta como uma produção singular de eco, ou como uma ausência desconcertante de eco, no sentido de um desconforto e de um estranhamento (ostranenie) na consciência do leitor.

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Alvaro Seica