Poesia Experimental e Ciberliteratura: por uma literatura marginal izada?
Rompendo com “a literatura dominante, oficial, consagrada, académica e mesmo clássica”, a poesia experimental (concreta, visual, sonora ou cibernética) não peca por “menos estruturação, menos elaboração estética, menos conceptualização, ou menos ambição cultural”. Mas parece ser, continuando a adaptar a proposta de Arnaldo Saraiva ao assunto de que nos ocupamos, marginalizada por razões de “ideologia literária” e de “economia do mercado editorial”. Na verdade, mais do que uma literatura marginal, a poesia experimental tem sido uma literatura marginalizada: pela cultura literária, pois o experimentalismo promove “o desrespeito das leis clássicas, a novidade nas técnicas ou nos motivos, a contaminação dos géneros, (...) a complicação estrutural”; e pelo marketing literário, pois este não consegue compartimentar, nos formatos convencionados pelo mercado, poesia que vai sendo publicada em folhetos, catálogos, registos de acontecimentos, graffitis, fotocópias, objectos, jardins, CD-ROMs, na Internet ou em outros espaços virtuais e artificiais.
(Source: Author's Abstract)
Works referenced:
Title | Author | Year |
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Algorritmos: infopoemas | E. M. de Melo e Castro | 1998 |
AlletSator | Pedro Barbosa, Luís Carlos Petry | 2007 |
Amor de Clarice | Rui Torres | 2005 |
Computer Poetry | Silvestre Pestana | 1981 |
Sintext | Pedro Barbosa, Abílio Cavalheiro | 1993 |
Critical writing referenced:
Title | Author | Year |
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A Ciberliteratura: Criação Literária e Computador | Pedro Barbosa | 1996 |