Beabá

Creative Work
Year: 
1968
Language: 
Publication Type: 
Platform/Software: 
License: 
All Rights reserved
Record Status: 
Tags: 
Description (in English): 

With these probabilities, we randomly selected series of numbers, using a pseudo-random number routine, that were used to select the triads for cv and vc sets. The most common sets in Portuguese, such as CA, BO, AL, ES, etc., appeared more often than the rare sets such as ZU, UX, etc. Thus, some possible words include, for example, CACETE, BOLADA, ACABAC, etc. (all swear words, for which there was no censure!). The generated words clearly sounded similar to real words in Portuguese. A fraction of the “words” actually exist. Next, a number was assigned to indicate if the word was formed by sets of high or low probability of existing in Portuguese. If the number was high (high probability), it was in fact more likely that the “word” actually existed. Lists of words were created and, during the 1986 exposition at the MAC/USP, a computer was programmed to reproduce “BEABÁ”, and visitors could take their own printouts with words generated by the computer, which were always unique.

(Source: Author. English Translation: Luciana Gattass)

In Brazil, the first artistic experience with computer that we know was "Abecê" (Abecedary), idealized by Waldemar Cordeiro with Giorgio Muscati's collaboration, professor of Physics in the University of Sao Paulo, in 1968. It was a generating program of words composed of six letters, which worked in a computer IBM, type 360/44, with entrance for perforated cards, memory of 32 Kbytes and an exit for lines printer.

(Source: Jorge Luiz Antonio, "Trajectory of Electronic Poetry in Brazil: A Short History", 2007: 5)

Description (in Portuguese): 

Este programa foi concebido como um primeiro passo para gerar "palavras" ao acaso. A forma mais simples de gerar "palavras" ao acaso, seria sortear conjuntos de letras de vários comprimentos (por ex., conjuntos de cinco letras). Os conjuntos gerados teriam pouca semelhança com palavras de uma língua, se bem que, por acaso algumas das "palavras" geradas poderiam existir. Para gerar "palavras" com sonoridade semelhante à de uma determinada língua, devemos descobrir algumas de suas regras características . No caso do português, definimos as seguintes regras para nossas primeiras tentativas: a) As "palavras" teriam seis (6) letras . b) As "palavras" alternariam vogais (v) e consoantes (c). c) As probabilidades da escolha dos conjuntos vc e cv deveriam refletir as probabilidades com que estes conjuntos aparecem na língua portuguesa. Assim as palavras seriam do tipo cvcvcv ou vcvcvc. Para atribuir as probabilidades, deveriamos fazer um estudo detalhado das probabilidades com que, por ex., os vários pares cv e vc (ou tríades cvc e vcv) aparecem na língua purtuguesa, particularmente nas palavras com seis letras. Por simplicidade, verificamos num dicionário quantas linhas eram usadas para palavras que se iniciavam com os pares ab, ac, ad ....az,....eb,ec,.....ub, uc,.....uz,ba,be,.....zu. De posse dessas probabilidades, sorteamos, usando uma rotina de números ao pseudo-acaso, séries de números que foram usados para escolher tríades de pares cv e vc. Os conjuntos mais comuns na língua portuguesa, como CA, BO, AL, ES etc., apareciam mais freqüentemente do que os conjuntos raros como ZU, UX etc. Assim, algumas possíveis palavras seriam por ex. CACETE, BOLADA, ACABAC etc. (não havia censura para possíveis "palavrões"!). As palavras geradas tinham uma sonoridade claramente semelhante à sonoridade das palavras realmente existentes na língua portuguesa. Uma fração das "palavras" geradas existia realmente. Posterirmente foi atribuido um número que indicava se a palavra era formada por conjuntos de alta ou baixa probabilidade de existir na língua portuguesa. Se verificou que se o número era grande (alta probabilidade), era de fato mais provável que a "palavra" realmente existia. Foram realizadas algumas listagens de palavras e, por ocasião da Exposição de 1986 no MAC/USP, foi programado um micocomputador para reproduzir o "BEABÁ" e os visitantes podiam levar uma folha pessoal, com palavras geradas pelo micro, que era diferente de qualquer outra. (Fonte: autor)

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Luciana Gattass