Contrapoemas & Anfipoemas

Critical Writing
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Year: 
2008
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Peculiaridades Básicas:

Tratar o térmico e os processos de compressão (nos Contrapoemas), como elemento retardador de super velocidade, para existir então, a possibilidade de leitura mecânica do cérebro humano.

Leitura:
a) O Concretismo trabalhou com a concreção. Nós queremos a compressão que arquiva mais, em menos espaço.
b) A velocidade geometrizada torna eletrônica a energia.
c) O homem necessita da máquina para ler certas informações de forma mais veloz do que seu pensamento, assim como a ave, por fazer o exercício do vôo, vê certas cores que o homem não percebe.

Os Contrapoemas, aspiram congelar de forma construtiva o infinito como um limite. O tempo estático.

Comentário:
Se o homem colocar um ponto final no infinito, conceitualmente, que encerre espaço e tempo, mesmo congelados, trata-se da desconstrução total da vida. O homem sempre quis demonstrar domínio, sobre a natureza.

Depois de termos apoiado um contorno para o infinito, agora queremos criar contorno para micros intervalos, como forma de demarcação, e assim surgir o empilhamento de infinitos em outros níveis. Intervalos como direções verticais, inclinadas e horizontais. Ao mesmo tempo, que a cor individualize as partículas de luz nos alinhamentos das direções, ou entrelaçamentos dos raios de leituras independentes da polarização. Relações de gravitação das cores pares, impares e primas.

Conclusão:
Depois de o Contrapoema propor a interrupção do espaço e o freiar do tempo, tem nesse instante a necessidade de mencionar a utilidade de uma separação, intervalos que justamente só existem se houver limite de um contorno, para dar-lhes multiplicação. Agora sim, infinito em outros níveis.

Nota:
O relativismo surgiu na renascença visualmente, com a linha de perspectiva, e a função de dar naturalidade ao tamanho do homem na distância da natureza. Nascendo do olho do homem em busca de um ponto de fuga.

Agora com a invenção dos intervalos propostos pelo Contrapoema, principalmente na linha inclinada, criou-se um sentido contrário a ela, do ponto de fuga ao olho humano e principalmente ao abandonar relações figurativas. Não se trata de um retorno, pelo contrário. Assim, a perspectiva pode ser entendida, primeiro visualmente e só modernamente conceituado em palavras, exaltação sem igual à civilização do homem.
 

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Luciana Gattass