Search

Search content of the knowledge base.

The search found 1 result in 0.008 seconds.

Search results

  1. Da poiésis digital de André Vallias

    Talvez seja a poiésis, a raiz primordial da poesia, precisamente, seu mais futuro horizonte. O lado mais promissor na sua inveterada crise com a palavra, que não com o sentido do indizível, já que este é seu moto-perpétuo: inventar sempre uma linguagem para aquilo que não tem (poesia ñ importa o q), ou melhor, criar uma semântica que amplia a linguagem. Sabedor disso, André Vallias prática, há mais de uma década, um grau de exploração poética que se estende mais do que pela multiplicação de campos e gêneros, pela sua estreita interface, pela sua contaminação in crescendo. De tal forma, que toda a sua produção visual – um amplo leque onde haveria que inscrever sites ou trabalhos de encomenda – apresenta uma configuração de vasos comunicantes, tão plurais e multi-direcionais quanto intertextualizadores, onde os códigos de todo tipo (verbais, sonoros, numéricos, espaciais, etc.) se abismam em sua atração comum de poiésis. De abissalidade virtual e conceitual de outra materialidade (softwares, programas, produção computacional), numa progressiva digitalização de informações audiovisuais que fazem parte da nova “ecologia do sensível” (Paul Virilo).

    Luciana Gattass - 29.11.2012 - 16:34