«Electrònicolírica» de Herberto Helder e Combinatória PO.EX

Critical Writing
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Year: 
2015
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Abstract (in English): 

Herberto Helder died. Helder is one of the most consistent and innovative Portuguese poets of the second half of the 20th century. Even if his later œuvre has been marked by a traditional experimentalist reworking of crafted language, whose poiesis engages with a very idiosyncratic vocabulary, one should not forget Helder’s eclectic trajectory. Having been influenced by, among other movements, Surrealism and international avant-garde experimentalism, Herberto Helder was, firstly together with António Aragão (1964), and secondly with Aragão and E. M. de Melo e Castro (1966), the editor of two important anthologies or cadernos (chapbooks), Poesia Experimental 1 [Experimental Poetry 1] and Poesia Experimental 2 [Experimental Poetry 2]. Both these anthologies opened up most of the major pathways of literary and artistic experimentalism in the 1960s, from which the PO.EX (Experimental POetry) movement emerged. Several genres, formal and thematic threads were originally tried out in these two anthologies and further work of the movement, namely concrete and visual poetry, ‘film poetry,’ sound poetry, ‘object-poetry,’ ‘poetic action’ and happening.

(Source: Author's introduction)

Abstract (in original language): 

Herberto Helder morreu. Helder é um dos poetas portugueses mais consistentes e inovadores da segunda metade do século vinte. Ainda que a sua obra mais recente tenha sido marcada por um trabalho de reformulação da linguagem que podemos considerar como um experimentalismo tradicionalista, cuja poiesis se empenha e se alicerça num vocabulário idiossincrático, não podemos esquecer a trajectória ecléctica de Helder. Tendo sido influenciado, entre outros, pelo surrealismo e pelo experimentalismo vanguardista internacional, Herberto Helder foi, primeiro com António Aragão (1964), e depois com Aragão e E. M. de Melo e Castro (1966), editor de dois importantes cadernos antológicos, Poesia Experimental 1e Poesia Experimental 2. Os cadernos desencadearam a maior parte dos principais caminhos do experimentalismo literário e artístico dos anos 1960, a partir dos quais o movimento da PO.EX (POesia.EXperimental) emergiu. Diversos géneros, incluindo novas estruturas e temas, foram originalmente testados nos dois cadernos antológicos e no restante trabalho do movimento, como é o caso da poesia concreta e visual, “poesia fílmica”, poesia sonora, “poesia-objecto”, “acção poética” e happening.

(Fonte: Introdução do Autor)

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Alvaro Seica