Cenários Cíbridos: Átimos calmos em comunicação ubíqua e móvel por conexões transparentes

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Abstract (in English): 

This essay discusses the emergence of lifestyles under the paradigm of urban life, based on the results of research on interface design for mobile connections in ubiquitous computing with pervasive and sentient interfaces, which generate cybrid (cyber+hybrid) scenarios for co-located beings that act in physical and digital space. Artistic creation using software art writes programs and uses hardware that convey a sense of presence and action, with digital collage adding information about the physical scene. The digital material is pasted in layers onto the physical space, redesigning places, reconfiguring actions, and mixing realities in a cybrid manner. In other words, locative and mobile interfaces reconfigure the sense of presence by blending in the digital material that adds information to locations. Computers mix into the periphery through transparent interfaces, enabling enactions and affordances in quotidian actions in calm connections with transparent interfaces. Instants are experienced through computers, which become invisible in portable and mobile technologies: cell phones, PADs, displays, computational vision, tags, RFID, Bluetooth, wearable computers, geolocators, trackers, GPS, SMS, MMS, make us co-exist here and there. Augmented Reality (AR) and Mixed Reality (MR), social platforms, perceptual and affective computing, wearable computing, among other examples from various artists and scientists, are discussed here.

Abstract (in Portuguese): 

O ensaio discute a emergência de modos de viver sob o paradigma da vida urbana misturada a partir dos resultados de pesquisas em design de interface para conexão móvel, em computação ubíqua, com interfaces pervasivas e sencientes, que geram cenários cíbridos (ciber+híbrido) para seres co-locados, que agem no espaço físico e no espaço digital. A criação artística em Software Art escreve programas e usa hardwares que propiciam o sentido de presença e de ação, com o digital agregando informações sobre a cena. O digital cola-se em camadas sobre o espaço físico, redesenhando lugares, reconfigurando ações e misturando realidades de maneira cíbrida. Em outras palavras, interfaces locativas e móveis reconfiguram o sentido de presença por mesclas do digital, que agrega informações a locais. Computadores se misturam à periferia por interfaces transparentes e propiciam enactions e affordances nos atos cotidianos, em conexões calmas com interfaces transparentes. Átimos sãos vividos conectados a computadores que se tornam invisíveis em tecnologias portáteis e móveis: celulares, PADs, displays, visão computacional, tags, RFID, Bluetooth, computadores vestíveis, geolocalizadores, rastreadores, GPS, SMS, MMS nos fazem co-existir aqui e acolá. Realidade aumentada (RA) e realidade mista (RM), plataformas sociais, computação perceptiva e afetiva, computação vestível, entre outros exemplos de vários artistas e cientistas, são discutidos no ensaio.

Pull Quotes: 

Arte e tecnociência na interface humano-computador exploram o design de interface para a vida urbana misturada, em direção ao sentido de presença e de ações humanas que se dão pela tatilidade ou pelo ato de tocar o mundo com dispositivos tecnológicos. A realidade, que sempre foi um conceito filosófico, mais do que pura materialidade, é concebida redesenhada e refuncionalizada: conexões desplugadas e móveis em realidade aumentada e misturada passam a acontecer num espaço que permite compartilhar o sentido de presença em ambos os mundos – no real e no virtual – no espaço físico e no espaço de dados, em ações que se fazem por mútuas relações com ambos os ambientes, em comunicação distribuída. O co-existir, co-locado no ambiente físico e no digital confirma a condição humana biocíbrida de nossos tempos. Trata-se de uma existência cíbrida, num topos que gera um local diverso para um tipo de existir e de agir que antes dos dispositivos móveis não era possível. Em Artes, a aparência ou os “ modos de ver” são trocados pela experiência comunicacional, como “modos de usar” dispositivos de hardware e diferentes softwares embutidos nos dispositivos de conexão (HUHTAMO, 2004).

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Luciana Gattass